Formaldeído
Iniciou-se em 1889, na Alemanha, embora o grande "boom" para o seu fabrico em larga escala tenha sido o desenvolvimento de uma via de síntese com o metanol, em 1920.[2,4]
Os dois métodos mais utilizados sao: [3-5]
- Oxidação-desidrogenação (com catalisador prata e conversão completa ou incompleta do metanol)
- Oxidação direta do metanol em formaldeído (com catalisadores de óxido de metal) - processo Formox.
Síntese
Ocorrência na natureza [1]
O formaldeído pode ocorrer naturalmente ou ser produzido em atividades humanas, partilhando o lugar de aldeído mais abundante na atmosfera com o acetaldeído. Assim, este poderá , devido a reações fotoquímicas, estar presente no ambiente. No entanto, as emissões dos veículos automóveis ou outras fontes de combustão antropogénicas também contribuem para a presença atmosférica deste.
As centrais eléctricas que utilizam combustíveis fósseis, as incineradoras de resíduos urbanos e a combustão de resíduos florestais também contribuem para a presença ambiental deste composto. As emissões diretas, que decorrem da produção e utilização de formaldeído são fontes antropogénicas a considerar.
Por outro lado, os principais processos responsáveis pela remoção do formaldeído da atmosfera são a fotólise e a reação com radicais HO-. Outros processos responsáveis pela remoção de formaldeído são as reacções com o ozono (O3), com o trióxido de azoto (NO3) e com o oxigénio (O), bem como os processos de deposição seca e húmida.
A produção e a utilização de formaldeído têm vindo a aumentar globalmente, estando este entre as 25 substâncias químicas mais produzidas no mundo.
Como subprodutos da reação, temos o monóxido de carbono, dióxido de carbono, formato de metilo e ácido fórmico.
Ag
CH3OH → CH2O + H2
CH3OH + O2 → CH2O + H2O
No processo Formox, o metanol é oxidado com o ar em excesso na presença de um catalisador de óxido de ferro-molibdénio-vanádio. Os subprodutos desta reação são o monóxido de carbono, éter dimetílico, dióxido de carbono e ácido fórmico.[4,5]
CH3OH + ½ O2 → CH2O + H2O
CH2O + ½ O2 → CO + H2O
Bibliografia:
[1] Formaldehyde CAS No. 50-00-0, Report on Carcinogens, Twelfth Edition (2011), National Toxicology Program, Department of Health and Human Services.
[2] Bizzari SN (2000) CEH Marketing Research Report: Formaldehyde, Palo Alto, CA, SRI International
[3] Gerberich HR & Seaman GC (2004) Formaldehyde. In: Kroschwitz, J.I. & Howe-Grant, M.,eds, Kirk–Othmer Encyclopedia of Chemical Technology , 5th Ed., Vol. 11, New York, John Wiley & Sons, pp. 929–951
[4] Reuss G, Disteldorf W, Gamer AO & Hilt A (2003) Formaldehyde. In: Ullmann’s Encyclopedia of Industrial Chemistry , 6th rev. Ed., Vol. 15, Weinheim, Wiley-VCH Verlag GmbH &Co., pp. 1–34
[5] Viegas S, Prista J (2009) Exposição profissional a formaldeído – que realidade em Portugal?, Saúde & Tecnologia 4: 46–53